Como havia saído muito cedo, as 11 da manha já havia percorrido os 80 km do dia, e estava em Pucara. Sentei na calcada na entrada da cidade para tomar algo, e dai a pouco uma caminhonete me ofereceu um carona. Apesar de eu ja ter sido informado que o ministro havi apedido masi 2 dias aos camponeses, e de eu estar a apenas 1 dia de Puno, aceitei sem pensar. E nao me arrependo, foram 100 km em uma péssima estrada, e sem qualquer beleza. Dessa vez minha intuicao estava certa.
A estrada estava tao deserta que eu tinha certeza que estava tudo bloqueado...Quanta besteira nessa minha cabecinha....
Em Santa Rosa, soube que a reuniao com o ministro fora um fracasso. Os boatos eram que os manifestantes bloquariam a estrada novamente, e a regiao em que eu estava era uma regiao de minas, e conforme haviam me explicado, elas eram o principal motivo dos conflitos. Enquanto os camponeses queria o fim das minas de ouro e prata que contaminavam toda a água da regiao, o governo queria privatizá-las, o que consequentemente, significava também a privatizacao da distribuicao de água na regiao. Na fronteira com o Chile a coisa estava bem feia, e de acordo com os jornais, em uma cidade mais ao norte haviam 14 pessoas sequestradas, e em 10 dias de bloqueio em Sicuani, o saldo era de 80 feridos e um prejuizo de meio milhao de dólares. Isso tudo serviu para me deixar inutimente paranóico, e seguir muito tenso por um dos dias mais lindos do caminho entre Cuzco e Puno. Custei a perceber a mudanca radical no comportamento das pessoas desde que entrara no departamento de Puno. Simplesmente pararam de me chamar de gringo e pedir dólares e passaram a fazer festa quando eu passava. Até entao, desde que saíra de Pisac, a grande maioria das pessoas virava a cara quando eu cumprimentava, e quem respondia, era realmente para pedir dinheiro ao gringo. "Hello Mister, da me plata".....
Wednesday, November 5, 2008
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