Monday, March 2, 2009

Siriú - Florianópolis

A última pedalada. Em Florianópolis, em direção à rodoviária.




Por uma incrível coincidência, a casa de minha amiga também era no sul da ilha. Pedalei uns 25 km (quase tudo à beira mar), com vários problemas mecânicos, e já estava na Lagoa do Peri.
Ainda não sabia, mas ali era o fim da linha. Marquei minha passagem de ônibus saindo de Curitiba, e pedalaria até lá, subindo pela estrada da Graciosa. Comprada a passagem, incomodado, não consegui fazer mais nada. Por alguns dias fiz umas trilhas a pé pelo sul da ilha, e no dia de partir, não parti. Nem no dia seguinte. Nem no outro. E nem no outro. Acho que precisava de alguns dias para que a transição ocorresse. No dia de meu ônibus sair de Curitiba, pedalei até a rodoviária de Florianópolis e percorri de ônibus o último trecho da viagem. Pela janela, via passar, muito rápido para que pudesse perceber, as pessoas e experiências que deixei de vivenciar naqueles lugares.


Chegando de barco no extremo sul da ilha de Florianópolis.



NA praia da Ponta do Papagaio.



Após transpor a Serra do Siriú, cai novamente na BR 101. Pedalei por alguns km, e voltei a entrar para a praia na entrada para a Ponta do Papagaio.


Praia do Siriú.

Imbituba - Siriú


Fui seguindo por caminho ssecundários o mais próximo possível das praias. Em alguns trechos, na areia da praia mesmo. Em outros, por trilhas e dunas.
Assim cheguei à Praia do Rosa, e assim segui até o Siriú, na Garopaba.




O dia amanheceu bem feio, e só decidi sair ao meio-dia. De manhã, aproveitei para fazer umas fotos.

Posto BR 101 - Imbituba

Apesar do terror que estava sendo pedalar pela 101 pela obra de duplicação gigante que estava rolando, estava gostando muito por estar desenvolvendo bem, e teria tempo de chegar muito além de Curitiba, meu objetivo. Nesse dia, com 150 km de pedal, já montando acampamento em um posto, fui abordado por um caminhoneiro, me dizendo que eu estava MUITO perto de uma linda praia, e que era burrice eu dormir ali. Que também lá eu poderia acampar de graça, porém na praia. Dando uma olhada em um mapa na lanchonete do posto, vi que em todo litoral sul de Santa CAtarina, não havia uma praia tão próxima à BR quanto Imbituba. Toquei mais uns 15 km até lá. E não acreditei no lugar.....Cheguei justo a temppo de ver o pôr do sol, e percebi a burrice que seria passar batido por lugares tão lindos, socando na BR o dia inteiro só p aumentar o risco do mapa.

Capão Novo - Posto BR 101

Num posto de gasolina, na BR 101. Estava com preguiça de armar acampamento, mas o céu prometia chuva. Decidi dormir com Nossa Senhora.



Sociedade do Automóvel
"11 milhões de pessoas, quase 6 milhões de automóveis; um acidente a cada 3 minutos; uma pessoa morta a cada 6 horas; 8 vítimas fatais da poluição por dia. No lugar da praça, o shopping center; no lugar da calçada, a avenida; no lugar do parque, o estacionamento; em vez de vozes, motores e buzinas. Trabalhar para dirigir, dirigir para trabalhar: compre um carro, liberte-se do transporte público ruim. Aquilo que é público é de ninguém, ou daqueles que não podem pagar. Vidros escuros e fechados evitam o contato humano. Tédio, raiva angústia e solidão na cidade que não pode parar, mas não consegue sair do lugar." O documentário é sobre São Paulo, mas serve para a maioria das grandes metrópoles.



Osório - Capão Novo

Saímos tarde de Osório. Tínhamos lugar para ficar em Capão Novo, e seguimos tranquilos pela Interpraias e pela Estrada do Mar. Chegamos ainda de dia em Capão Novo.

Mostardas - Osório

No final do dia...Quase 175 km...

No início do dia...A marca dos 5 mil km...

Bojuru - Mostardas


Começamos o pedal do dia juntos. Seus nomes eram Rafael, Luiz e Lucas. Viajávamos de uam forma um pouco diferente, mas nos adaptamos uns aos outros e seguimos juntos.

Rio Grande - Bojuru

Devido ao forte vento contra me acompanhou por todo o dia, não cheguei tão longe como o planejado, e decidi dar uma parada em Bojuru, para comer alguma coisa e decidir o que fazer. Algumas crianças locais insitiam em puxar minha camisa enquanto eu comia, para me dizer que havia mais gente de bicicleta na cidade. Foram me puxando até a frente de uma pousada, onde encontrei 3 figuras de Porto Alegre, no fim do primeiro dia de uma viagem até Torres, no extremo norte do litoral gaúcho.

Capilha - Rio Grande

De manhã, Márcio me convidou para tomar café da manhã com a família dele. Saiu, e logo voltou na moto com um filho pequeno na garupa. "Não te disse que o cara viaja de bike? Olha o tanto de bolsa que ele leva!"Terminei de desmontar a barraca, e as 8 da manhã chegamos em sua confortavel casa. Buscou vários ovos no galinheiro, e quando nos sentamso para o café, havia um prato com 7 ovos fritos. "Não comemos ovos de manhã. São para você!" Acabei ficando ali até o meio-dia, pensando que seria moleza fazer os 90 km até Rio Grande. Peguei muito vento, e já anoitecia quando cheguei a Rio Grande. Tinha um endereço, da família de Márcio. Ele ficara de ligar para pedir para me ajudarem. Quando cheguei, logo percebi que nunca tinham ouvido falar de mim. Improvisei, pedidndo para deixar a bicicleta com minahs coisas ali para poder buscar algo para comer e lugar para dormir. Dei uma passeada, e quando voltei pude conhecer toda a família do cara. Me jogaram para dentro de casa, e me trataram como um membro da família. Ali fiquei por uns dias, mas não abusei, pois conforme um ditado (acho que italiano), visita é como peixe. Após uns 3 dias começa a feder.

Santa Vitória do Palmar - Capilha

Galera que deu início ao festival de ajuda que recebi no sul do Brasil. Começou com um pastel e um refri. Daí a pouco um abre a carteira daqui, o outro dali...Depois um lembra que conhece uma pessoa pelo caminho por onde passaria. Outro conhece outra.....Foto...Número de celular, para chamar até mesmo a cobrar caso precisasse de QUALQUER coisa!


Pela região do Taim, pedalei 153 km até um lugarejo chamado Capilha. Descubri um pedaço do paraíso ali nas margens da LAgoa Mirim. Após um banho de lagoa, montei acampamento na beira da estrada, entre um restaurante e um monte de tratores estacionados. Ali conheci Márcio, que trabalhava para a empresa proprietária das máquinas, e estava ali de vigia das mesmas.